Hoje de manhã, ia a caminho de levar o puto para a creche quando me cruzei com um grupo de trabalhadores da Junta Autónoma das Estradas (não sei se ainda é assim que se chama a coisa) que com um esgar de dor se preparavam para trabalhar, naquela actividade portuguesa única no mundo que é a de virar ao contrário os buracos da estrada, ou seja, em vez de um buraco ficamos com um montinho que proporciona exactamente o mesmo orgasmo na suspensão dos carros que o anterior buraco.
Ora a experiência de especialização levada a cabo pelos meus dentistas ainda não me saiu da cabeça e comecei logo a magicar "olha, imagina que estes gajos têm a mesma filosofia de trabalho! Primeiro vem o Tó de picareta em punho brocar o buraco, enquanto o Zé, o Malaquias e o Gervásio abrem uma míni para o mata-bicho. Depois entra em acção o Zé, á pazada na brita a tapar o buraco enquanto o Tó abre uma míni para se refrescar. Segue-se o intervalo para a bucha e logo de seguida, sem aquecimento o Malaquias pega no batedor e dá três mocadas no monte de brita, mas só três, nem mais nem menos sob a pena de a estrada ficar bem remendada. Finalmente, para completar o ramalhete entra o Gervásio com a sua máquina de sulfatar alcatrão e deposita no monte uma microscópica camada de crude. Pronto, está na altura de voltar para casa. O dia está ganho!!!!" Se assim fosse estávamos bem lixados, nunca tínhamos as estradas prontas.
Nisto sou desperto dos meus profundos pensamentos pelo Cuzinho que diz na sua linguagem muito própria. "Papá... popó... totó", que é como quem diz "ó meu grande totó, mas até eu que tenho dois anos sei que já é assim!!!!!". Fiquei a pensar se esta nova metodologia não será já comum em todas as actividades. Pensei, pensei, pensei, pensei e de repente descobri uma onde ainda se regem pela velha cartilha....... infelizmente!
Numa área restrita de serviços de hotelaria, como são as casas de alterne, ainda é uma só profissional que faz o serviço completo. Infelizmente! Eu sei bem do que estou a falar porque tenho o cartão dourado de cliente assíduo do Enra Bar, um estabelecimento muito conceituado cá da zona.
Eu ficaria muito mais feliz se ao chegar lá a chefe de mesa, a Jusineide chegasse ao pé de mim e me perguntasse:
- Senhor Cu, como vai? Então o que deseja hoje?
- Olhe, hoje está-me a apetecer um boquete!
- Muito bem, então se é boquete vou chamar a Zulmira.
Subo ao privado com a Zulmira mas a meio do serviço mudo de ideias e digo-lhe “sabes Zulmira, afinal apetecia-me mesmo era uma espanholada", ao que ela me responde. Então espere ai que espanholadas é com a Mariluz! Vou já chamá-la. Chega nostra hermana com um par tamanho 328. Não haja duvida que é a especialista nesta área. Estou a meio do serviço e ela começa a falar em espanhol, ou melhor, começa a gritar e tanto feedback desconcentra-me. Com o objectivo de lhe virar a boca na direcção contrária dos meus ouvidos digo-lhe no meu melhor espanhol. "carino, ai qui mi gusta una canzana!!!". Só deu tempo de ela gritar "Jossssssiiiiiiiimarrrrrrr!!!!! Ahora es para usted !!!!".
Estava visto que canzanas era com a Josimar. Estava ali eu muito bem a obrigá-la a dar cabeçadas na tulha da cama enquanto pensava em voz alta “agora sim é que o serviço ficou bom, variado..... olha, ó Josimar, agora queria que me enfiasses o dedo no cu e me coçasses o hemorroidal!!!!”
"Isso já não é comigo, vou chamar a pessoa indicada. Euuuuuuséééééééééébio!!!! Anda cá que é a tua vez!!!!!!".
Hummmm, o melhor é deixar o serviço tal como está agora.....
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