Terça-feira, 11 de Setembro de 2007
Eu sei que já estão um bocadinho para o fartos, mas lamento desapontá-los mas ainda tenho que vos falar mais uma vez sobre as minhas férias. Desculpem..... mas quem estiver saturado do assunto pode parar aqui.
Depois de escolhido o destino de férias, não por mim, já que a minha sorte madrasta ditou-me mais uma vez que a minha contribuição no plano de férias se ficasse pelo pagamento das mesmas, restou-me resignar perante tal destino e uns dias antes informar-me do que me esperava através de alguma pesquisa na internet.
Basicamente, o que eu queria saber era que tempo me esperava para poder simplificar na escolha da roupa, já que ainda tinha que a passar a ferro, uma vez que pertenço a uma seita religiosa que tem como doutrina só passar a roupa consoante se vai precisando dela.
Quando obtive como resultado da pesquisa que a temperatura média anual era de 30º durante o dia e 26º à noite não tive dúvidas no que devia levar. Comecei logo a fazer a lista.
Fato de banho slip marca Arena para molhar os pés na piscina.
Fato de banho leoa tigresa masca Gipsy para passear-me na praia.
Chinelo de enfiar no dedo, preto para combinar com tudo.
Sete corsários para sair à noite.
Catorze t-shirts, duas por dia, sendo as de marca de cerveja para a piscina e a praia e as com dizeres engraçados, tipo "faz-me um bico" para a noite.
Sete cuecas, sendo duas delas fio dental para a suposta saída de sexta-feira e sábado à noite.
Pronto, a lista estaria pronta não fosse eu lembrar-me que habito uma cidade em que o tempo é uma espécie de Dr. Jekyll e Mr Hyde. Tanto pode estar o calor do cara.... caraças como um frio de gelar os tom.... ossos. Vai dai pensei "homem prevenido vale por dois..." e pumba, enfiem umas calças de ganga compradas na feira e um casaquito dentro da mala.
Supostamente estava tudo controlado, o problema é que a minha experiência em dormir fora de casa resume-se a campismo selvagem ou a pensões de terceira categoria onde a roupa da cama só se muda uma vez por mês, independentemente de já lá terem passado 300 clientes durante a semana.
Claro que fiquei espantado quando me deparei com o cartaz, mesmo à porta do restaurante do Hotel de 4 estrelas onde fiquei e onde ia jantar todos os santos dias, a dizer que não se podia entrar nos jantares de calções ou corsários.
Claro que como sou português, no primeiro dia fiz de conta que não percebia. Para a coisa não ser tão grave vesti os meus melhores corsários de marca que me custaram o olho..... da cara e ..... vrrrrrrr, foi ver-me entrar pela porta do restaurante dentro como se não fosse nada comigo. Consegui ainda assim dar uns bons 10 passos pelo restaurante fora até vir o chefe de sala, armado em cão com pulgas a correr atrás de mim a apontar-me para as minhas lindas e sensuais pernas enquanto ladrava algo como "pantalones... pantalones....".
Lá tive eu de ir ao quarto despir os corsários de 150€ e vestir a calcita de 10 € para fazer a vontade ao bicho. E foi assim de durante uma semana inteira... sete diazinhos, eu andei de fato de banho de dia e calça de ganga à noite. Os corsários regressaram virgens e eu cheguei à porcaria da conclusão que podia ter levado a mala quase vazia. Assim sempre tinha tido espaço para a encher com tabaco, já que por aquelas bandas um Pall Mall custa 0.87€.... o que é ligeiramente mais barato do que os 2.60€ de cá.
Mas o que me chateou mesmo foi o raio do calor que rapei todas as noites por causa de ter que andar de calças. Não fosse o raio dos putos fazerem o basqueiro do caraças durante todo o jantar e podia-se ouvir o meu tomate esquerdo dizer para o direito "
chega-te para lá... não te encostes a mim que me fazer calor... epá... não vês que já estou todo a suar????"..
Sexta-feira, 7 de Setembro de 2007
Quando eu no outro dia aqui escrevi sobre o contratempo número um, isso supostamente queria dizer que devia haver pelo menos mais um. Não é que há mesmo!!!! Também já aqui vos falei da minha apetência por urgências hospitalares. Somando tudo o que eu disse agora, temos então o contratempo número 2.
Como seria de esperar, eu não podia perder a oportunidade para testar o sistema médico espanhol. Claro que o dia que o Júnior escolheu para por em prática o que aprendeu com o filme exorcista, esguichando vómito a uma distância de trezentos metros tinha que ser precisamente sábado à noite.
Logo sábado, quando nós nos preparávamos para nos armarmos na família McCann e deixar os putos a dormir no quarto e ir à disco e quem sabe até fazer uma sessão de swing. Pronto.... pronto... estou a exagerar, até porque se houvesse swing eu só me safava se me calhasse o meu cunhado, senão era o mesmo do costume.
Foi assim que sábado à noite, acabadinho de vestir e pronto para sair para o jantar que o Júnior decide entrar para o Guinness e mandar o primeiro gregório a uma distância de 290 metros. Além de bater o recorde europeu de comprimento ainda demonstrou uma excelente pontaria já que acertou em cheio na Bundinha. A noite estava a correr bem, já que tínhamos que tornar a dar-lhes banho e vesti-los.
Mas o Júnior não estava contente com o recorde europeu e decide em pleno jantar repetir a dose, agora com um lançamento de 315 metros. Claro está que se estivesse em Portugal, bastaria ir à farmácia relatar o acontecido, trazer uma mistela qualquer hidratante e esperar que a coisa melhorasse mas como
nostros hermanos têm a mania que falam uma língua completamente diferente da nossa, tornando assim completamente impossível uma conversa normal entre o tuga e o espanhuel,mesmo perante o nosso esforço de falar
espanholez, acabei por optar em me deslocar ao hospital para que me receitassem qualquer coisa.
Dou entrada nas urgências e na recepção a senhorita, ao perceber que o meu espanhol era fraco mandou-me para a recepcionista tradutora. Pensei logo "
isto sim, é um país civilizado, até têm um atendimento com tradutores para o melhor funcionamento da coisa....". Claro que demorei pouco tempo para perceber que afinal o que a madame queria dizer era "
vai para aquele gabinete que já te fodem, ó português de merda....".Chegado à dita recepção tradutores nem vê-los. Fiquei à espera.... esperei.... esperei..... e finalmente meia hora depois lá apareceu a tradutora. Uma .....inglesa, que para meu espanto, falava fluentemente....... inglês. Lá tive que me explicar na língua de Shakespeare. O que vale, é que como sou entendido no assunto, uma das poucas palavras que sei dizer em inglês é vomitar.
Quando a senhora me pediu a módica quantia de 200 aéreos instintivamente aprendi mais umaS...... "
fuck.... you". Claro que o sistema de saúde espanhol é eficiente. Como a maior parte dos turistas não devem andar com 200€ a dar sopa na carteira os gajos montaram um terminal multibanco mesmo na sala ao lado.
Depois de largar o graveto o puto foi chamado e na companhia da mãe foi então encaminhado. Eu fui para a sala de espera e esperei... esperei.... esperei.... vi entrar polícias com bêbados algemados para lhes fazerem análises ao sangue... continuei a esperar..... esperei... joguei telémovel até ficar quase sem bateria.... esperei .... vi chegar mais uns estropiados.... esperei.....esperei..... e nada. Pensei "
isto sim.... devem estar a fazer-lhe uma data de exames. Isto é que é qualidade hospitalar.......".
Três horas e meia depois lá saíram, o puto já a dormir e a senhora Cu que se espumava pelos cantos da boca enquanto pelos olhos chispavam raios que metaforicamente exterminava tudo quanto falava espanhol.
Fiquei então a saber que durante todo aquele tempo ela e o petiz estiveram num corredor, muito bem situado, onde viram todos os bezanas a chegar e a saírem, viram os estropiados e os médicos, que aparentemente passeavam os seus estetoscópios em amena cavaqueira. Só quando ela ameaçou soltar um gás mortal no edifício (e olhem que eu sei bem o quanto ela pode ser perigosa, não tivesse ela uma costeleta de terrorista) é que foi atendida
No entanto não se perdeu tudo. Descobri finalmente um sítio onde era permitido fumar à vontade. Por incrível que pareça, foi na sala de espera do hospital que eu não encontrei nenhum obstáculo à alimentação do meu vício.
Claro que o facto da sala de espera ser ao ar livre é um mero pormenor sem aparente importância.
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Quinta-feira, 6 de Setembro de 2007
Ir de férias com 4 crianças devia ser considerado não só um acto de coragem, mas também uma iniciativa em prol da produtividade laboral.... um gajo passa as férias todas a desejar voltar ao trabalho.
Já tinha ido de férias com crianças... ou melhor, com uma criança, a Bundinha, na altura com 4 anos e muito domesticada. Um gajo dizia "Senta! Senta!!!!!" e ela ali ficava.
Agora com 7 anos manda-me sentar a mim. Claro que quando a este temperamento herdado do lado materno se junta o Cuzinho com um ano e meio, o primo com 5 e a prima com 12 está armado o circo....
Desvantagens de ir de férias com 4 crianças:
- A abstinência continua, mesmo de férias.....
- As noitadas copofónicas não passam dos preliminares....
- Total impossibilidade de bater uma posta na espreguiçadeira....
- As refeições nunca são calmas, descansadas, pausadas com o privilégio do apuramento do paladar, mas sim autênticas provas de 100 metros, sendo cada um de nós um precoce Oblikuelo....
- Em vez de fazer o rally-papper dos clubes de strip faz-se o reconhecimento de todos os baloiços da zona..... TODOS!!!!!! E às vezes mais do que uma vez.....
- Ter que transportar uma mala com 4321 fraldas, toalhetes e pomada para o..... cu...
- Não sei se já disse, mas o acto de procriação é interdito.... o quê???? estou a repetir-me????
- Nem uma rapidinha....
- Nem sequer cheirar....
Claro que também, há vantagens em levar os putos de férias, e muitas, por exemplo:
- ..........
- Ahhhhhh...
- Hummm......
- Ah, já sei...... ahhhhhh....
- Hummm....
- ..........ah.... sim.... poupasse nas madeixas no cabeleireiro.... a população de brancos da minha farta cabeleira aumentou exponencialmente.
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Quarta-feira, 5 de Setembro de 2007
Ora voltemos lá a falar das minhas férias, ou pensavam que já não tinha mais nada para vos contar? Férias que se prezem, têm que estar repletas de contratempos.
Contratempo número 1.O primeiro dos contratempos decorreu ainda em território nacional, praticamente em vésperas da partida, mais precisamente na sexta-feira dia 17. Eu ainda não mencionei, mas foram umas férias tipo excursão uma vez que éramos dois casais e respectivos filhos, ou seja, 8 seres irracionais no total.
A organizadora de tal evento foi a minha querida cu nhada. Como mulher que é, a preocupação, para além dos 3214 pares de sapatos que havia de levar, foi a maneira de chegar ao aeroporto para o embarque para Tenerife. Esse problema ficou resolvido com duas semanas de antecedência com a aquisição de bilhetes para o expresso da rodoviária.
Já para o regresso a preocupação foi nula. "
Para cá, apanhamos um táxi até à Gare do Oriente e vimos de comboio", disse ela. E pronto, ficou assim a coisa. O voo de regresso chegava a Lisboa às 21.30 e assim faríamos.
Por mero acaso, na sexta-feira eu estava farto de percorrer a greve na blogosfera e tive a feliz ideia de ir ver os horários dos comboios para me mentalizar da seca que iria apanhar no Oriente. Foi assim que descobrir que neste espectacular país, a partir das 21.35 já não existe nenhum comboio que saia da capital.
Fiquei de tal maneira incrédulo que cheguei mesmo a ir à estação confirmar com o ser por trás do guiché. "
Sim, sim, é verdade, depois desse comboio só volta a haver comboios depois das 5 da manhã....". Ainda lhe perguntei "
de certeza que estamos na Europa ou Portugal foi anexado a Marrocos????", ao qual ele me respondeu com um sorriso amarelo.
Alertei logo as autoridades máximas (leia-se a minha cu nhada). Passámos então ao plano B, ou seja, tentar novamente via expresso rodoviário. Aqui a coisa até estava bem. Existia um expresso para Coimbra que saia de Lisboa às 00:10 e chegava a Coimbra às duas e pouco. O único senão é que de Coimbra para a Figueira só voltava a haver comboio às 5:20. E estes gajos ainda têm a coragem de estar sempre em greve, cambada de malandros!!!!
Tinha então disparado o alerta vermelho e era inevitável arranjar uma solução de recurso. Depois de muito debate as opções eram só duas. Ou pernoitávamos uma noite em Lisboa ou alugávamos carros. Optamos pela segunda.
Foi assim que sábado de manhã se tratou do assunto. Claro que a coisa não foi assim tão simples.... é que vá lá saber-se de quem foi a ideia, mas decidimos alugar um furgão de 9 lugares, e vá lá perceber-se porquê, a Autojardim só aluga por um período mínimo de 3 dias.
Conclusão. O regresso de Lisboa para a Figueira da Foz ficou quase tão em conta como as restantes férias.
Sou no entanto um gajo que tira sempre o melhor partido de todas as situações. Foi assim que durante 72 horas tive o privilégio de me sentir um nobre descendente da raça cigana, a caminho da feira de Espinho.
Aliás, durante esses três dias só respondi a quem me chamou Lelo e ouvi a discografia toda dos Gipsy Kings...... "
Volare..... óo´.... cantare.... oóóóó....”..
Sexta-feira, 31 de Agosto de 2007
Tenho de admitir que sou muito inexperiente. Claro está que falo em horas de voo. Nas restantes matérias sou já um macaco velho. Esta ida a Tenerife foi a minha segunda viagem de avião mas devo-a considerar a primeira.
É que a única vez que eu tinha andado num bicho daqueles foi há nove anos, para Ibiza e em lua-de-mel. Como devem imaginar, sendo uma viagem de núpcias eu não queria saber da porra do avião para nada. Eu só estava interessado em ver o tecto do quarto do hotel. Pronto, antes que comecem as bocas foleiras das leitoras deste blogue tenho que rectificar e dizer que também queria ver as paredes e todos os pormenores dos azulejos da casa de banho do dito quarto do hotel.
Foi pois com muito espanto que constatei que as filas para o
check-in para Tenerife começaram a formar-se com quase quatro horas de antecedência quando os balcões só abrem duas horas antes. Claro está que eu, como não percebo nada do assunto também me enfiei na bicha!
Ao princípio pensei que fosse por toda a gente querer lugares à janela, mas depois comecei a constatar que não era esse o motivo. Pensei então que fosse a pressa por ir de férias. Eu também estava em pulgas e o nervoso miudinho começava a manifestar-se pedindo um aumento dos índices de nicotina no sangue.
O problema é que a vida está difícil para os fumadores. Não só pelo preço do tabaco mas porque cada vez é mais difícil um gajo arranjar um local onde possa fumar. No aeroporto de Lisboa, por exemplo, só num local muito refundido e atafulhado de beatas se pode dar azo à viceira. Irra que país mais atrasado. Assim como é que o estado pode meter a mão aos impostos sobre o tabaco. É que um gajo fica logo sem vontade para fumar.
Voltemos às bichas. Depois do
check-in feito foi ver o tuga a correr para a porta de acesso do avião. Ainda o avião lá não estava e já a fila era enorme junto à manga de acesso. Claro que com tanta pressa foi dispensado o aviso de última chamada para o embarque. Meia hora antes do previsto já estávamos todos de cintos postos.
Quando o avião decide começar a andar começa o chavascal. Gritos, palmas, guinchos e se não me engano até ouvi um "
olé!". Quanto o bicho levanta o nariz e começa a descolar a algazarra foi tanta que por pouco não perfurei um tímpano.
Ainda o aviso para tirar os cintos não tinha acendido e no corredor do avião começava o corrupio de vai e vem para o WC. Só ai eu percebi o porquê de tanta pressa para entrar no avião. É que uma das características do português é a de levar souvenires de todos os lados por onde passa, de preferência se forem de borla. Quando eu me apercebi já fui tarde. Todo o material existente no WC do avião já tinha sido refundido. Já nem papel higiénico havia.
Como não me safei no avião vinguei-me no hotel e de lá trouxe souvenires para a família toda. Toalhas de banho com o logótipo do hotel para os meus pais, sabonetes e champôs para a minha querida irmã, uma calçadeira e um pente para a minha avó e cá para casa ainda consegui trazer uma palmeira da piscina. Dei cabo da mala, mas consegui lá enfia-la.
O resto da viagem decorreu praticamente com tranquilidade. Digo praticamente porque com a azáfama de correria para a casa de banho a maior parte dos passageiros não repararam que nas televisões do avião passava o precário de tudo o que se podia consumir no dito cujo. Claro que o sossego acabou quando a aeromoça amiga do Scolari começou a distribuir snacks.
- "
quieres algo ?"- "
Quero uma sandes de coirato e uma mini, ó boazona!", ouvi eu duas filas à frente da minha. A hospedeira, já com muitos anos de experiência de voo com tugas deixou o murcão morder a sandes e dar um beijo na mini para de seguida tornar a ablar.
- "
8 euros por favior!".- "
Fodassssssssssse!!!!!!!! Esta merda é tudo a pagar, os coños dos gajos não dão nada a ninguém!!!!!!". Se havia dúvidas sobre representantes do norte de Portugal neste voo tinham acabado de ficar esclarecidas.
O voo deve ter sido tão intragável para a tripulação do avião que demorou menos quinze minutos do que o previsto. Pior que isso foi que o piloto com a pressa fez uma aterragem tão a pique que por pouco não me rebentavam os tímpanos pela descompressão provocada pela altitude. Ainda assim fiquei com uma dor de ouvidos para o resto do dia.
A pressa de ver Tenerife e as suas famosas baratas gigantes era tanta que ainda o avião estava a andar e já a fila para sair do avião começava a formar-se. Daqui até ao hotel foi sempre em passo de corrida. Eu até percebo porquê. Isto de o primeiro dia de férias ser passado em autocarros e aviões é desgastante e o pior é que o primeiro dia estava quase a acabar e ainda não se tinha gozado nada.... nesse dia cada minuto contava.
Comparado com isto tudo o regresso foi uma calmaria. Ninguém queria entrar para o avião. O voo saiu atrasado porque tiveram que chamar por três vezes já que ninguém se dignava a entrar. Andava tudo nas lojas
tax-free a precaver-se. Na volta ninguém pediu nada para comer ou beber pois já ia tudo prevenido com sandes, chocolates e líquidos.
No regresso as pessoas eram as mesmas, mas o ambiente bem diferente. Os bronzeados à trolha tinham desaparecido, o índice de óculos de sol de marcas caríssimas tinha aumentado exponencialmente, o que indica que os Mantorras de Tenerife facturaram bem a vender na rua e as máquinas fotográficas digitais eram passeadas pela trela, o que de certeza deixou os monhés Tenerifenhos mais satisfeitos.
O único senão do regresso foi o cheiro. Não sei se estão bem a ver, quase 200 tugas, expulsos do hotel antes do meio-dia e que passaram cerca de 5 horas a fazer tempo para o avião debaixo de um calor abrasador de 35º. Pelo cheiro aquilo mais parecia um voo de transporte de gado.
Acho que foi por isso que a aterragem em Lisboa teve direito a palmas por parte dos passageiros..... hummmmm...... o quê????? Não foi por isso????? Então não percebo por que é que foi.
Será que não perceberam que estavam de novo em Portugal??????
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Domingo, 19 de Agosto de 2007
É já a partir de amanhã que vou por o meu espanholez em prática. Já tenho estado a treinar.... " eh, chica, put a cream numero 5".
Já que por aqui não tenho assuntos de interesse para postar, uma vez que não posso falar todos os dias sobre o vento, o frio, a chuva, os gandarros, a falta de estacionamento, a polícia que fecha os bares às 4 da manhã quando estes estão ainda cheios, os emigras e a minha falta de sexo!!!! Quando digo falta de sexo estou a referir-me ao acto em si..... os meus 3 centimetros ainda contam!!!!
Assim sendo a partir de amanhã estou aqui em baixo.
Vá.... não tenham inveja.... a fotografia tem de certeza muito photoshop.
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Sexta-feira, 10 de Agosto de 2007
É oficial.... a partir deste momento encontro-me a banhos!!!!!
A mascara é para não ser reconhecido! Pronto.... estou a mentir...... o almoço foi feijoada!
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Pois é... meus amigos... o dia ia acabar por chegar. A partir das 17 horas de hoje estou oficialmente de vacances até dia 3 de Setembro. Olé!!!!!!!!! A primeira semanita vou andar aqui pela gandara para fazer o estágio para a segunda semana que vou rumar até às Canárias.
Porque as Canárias?, perguntam vocês. Ora.... é fácil de perceber a analogia. Se Canário é pássaro, Canária é pássara. Foi só por isso. Espero vir de lá com o papo cheio!!!!
A terceira semana vai ser novamente por terras Figueirenses e por certo com muito que contar. Até lá, vão ficando com umas emissões do
Recordar é Viver.
E porque finalmente os meus dias de praia vão começar, hoje decidi brindar-vos com este texto, já com dois anos mas ainda assim....... actual.
BANHISTA CARACOLOra aqui estou eu, na Praia do Cabo Mondego, Buarcos, Figueira da Foz. Hoje o bom tempo voltou e as minhas duas mulheres ordenaram-me que fosse para a praia com elas e mais uma vez não tive escapatória possível.
No entanto, até que não fiquei muito aborrecido pois estava com curiosidade de experimentar a minha nova vertente de banhista. Como já sabem do "post" anterior, eu estive a observar no domingo as actividades dos outros banhistas na praia e escolhi aquela que achei mais adequada à minha pessoa.
Graças a isso, aqui estou eu, feliz da vida, com o meu velhinho portátil ZX Spectrum de teclas de borracha a escrever-vos. O que vocês ainda não sabem é o nome que eu dei a este tipo de banhistas no qual eu agora orgulhosamente me incluo-o. Somos os banhistas caracol... e não, não tem nada a ver com cornos ao sol, antes pelo contrário, os que têm cornos até que os têm à sombra. Tem a ver com andarmos com a casa às costas. À pois é... eu não trouxe só o computador portátil não senhora.
Ontem aproveitei o mau tempo e investi todo o meu subsídio de férias no seguinte.
-Uma arca frigorífica (há quem lhe chame geleira) da Camping gás.
-Uma mesa com bancos, que além de ser portátil é desdobrável para caber no porta bagagens do carro.
-Um fogareiro para assar a bela febra de porco. Porco branco que eu com o preto não quero nada.
-5 kg de carvão mais abanador e grelhas.
-Uma grade de Super Bock para atestar a arca.
-Uma televisão portátil que infelizmente não funciona pois esqueci-me de comprar uma bateria de automóvel para a ligar.
-Um rádio leitor de Cd's, também conhecido por tijolo, com o último trabalho do
Dino Meira (que eu desde já recomendo), lá dentro para ouvir quando a música da Rádio Clube Foz do Mondego não me agrada, o que diga-se já, é raro.
-Por fim, uma barraca, se bem que a barraca não foi comprada, pois nesta maldita terra não se consegue comprar aqueles chapéus-de-sol com xaile para fazer a barraquinha. Diz que já não se usa... modernices. Assim sendo, a minha querida esposa comprou um tecido em promoção ali numa loja da Rua da Republica e como tem jeito para a costura fez ela própria a nossa barraquita. Até tem janelas e tudo.
E foi assim que hoje logo pela manhãzinha, ainda não deviam ser 9 horas chegamos à praia. Fomos os primeiros e escolhemos logo o melhor lugar, ali junto as escadas que descem para a praia, mesmo encostadinhos às pedras do muro da estrada. Quando no domingo estive a observar os banhistas caracol perguntei a mim próprio porque é que seria que todos montavam a tenda ali mesmo em cima das pedras, onde mal se vê a água, onde se ouve o barulho dos carros em vez das ondas do mar e se cheira a mijança em vez da maresia?
Pensei que devia ser proibido ir para a zona dos chapéus para não tirar visibilidade às outras pessoas mas afinal descobri que é porque carregar este aparato todo de coisas custa para caraças. Fiquei tão cansado que às 10 horas já estava a acender o fogareiro para assar uma chouricita para o segundo mata-bicho.
A experiência até nem é má, podemos ver quem chega e quem sai da praia. Estamos sossegaditos, só aqui estão mais duas barracas do género, mas estão tão distantes que as músicas dos nossos rádios não se chegam a misturar.
Temos óptima visibilidade nos jogos de futebol que os putos fazem por trás dos chapéus de praia, já perto desta zona onde estou.
Ah, já me esquecia, também podemos ver aqueles casalinhos que como ainda não têm casa própria vêm namorar para a praia e para serem mais discretos ficam aqui mesmo em cima, no coça roça. Até já pensei começar alugar a barraca e tudo.
Estou a ficar sem bateria no portátil, por isso tenho que me despachar. Em jeito de resumo, a experiência é engraçada mas para estar o dia todo sentado à sombra, a ouvir o
"meu querido mês de Agosto..." do amigo Dino Meira e a escrever ao computador, parando só para dar uns beijinhos na loura (a Super Bock, é claro, que as minhas duas mulheres são morenas) podia muito bem ter ficado em casa e poupava um dinheirão na tralha toda que comprei.
Acho que amanhã vou tentar a evolução para banhista Papagaio.
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Quarta-feira, 1 de Agosto de 2007
Meu Querido Mês de Agosto - Dino MeiraM
eu querido mês de Agosto
Por ti levo o ano inteiro a sonhar
Trago sorrisos no rosto
Meu querido mês de Agosto
Porque sei que vou voltar(como vêm, não é o fim do blogue, simplesmente decidi dar-vos umas férias.... para não cansar. Sim, dar-vos porque eu ainda tenho de esperar pelo fim da próxima semana pra ficar o dia todo de cu para o ar...)Meu querido mês de Agosto
Por ti levo o ano inteiro a sonhar
Trago sorrisos no rosto
Meu querido mês de Agosto
E trago Deus para me ajudar(decidi dar já as férias ao blogue porque acho que o mesmo precisa de uma inovação qualquer. Estava a pensar assumilo como puramente erótico onde eu descreveria todas as minhas taradices mas agora que o Dino Meira cantou este refrão mudei de ideias. Este blogue vai passar a ser católico. Talvez lhe mude até o nome para O Cu de Judas.)Já passaram tantos dias
Já passaram tantos meses
E eu ando louco por regressar
Já sinto a cada momento
Que a saudade é um tormento
E eu ando louco por regressar
Já passaram tantas horas
De voltar eu bem preciso
Deitar as saudades foras
De cantar já vamos embora
De regresso ao paraíso(Bem, acho melhor decorar esta estrofe toda. Parece-me que ainda a vou cantar muito nas férias. É que vou para Tenerife e segundo sei aquilo está tudo a arder..... o que quer dizer que mais deve parecer o Inferno. Talvez assim eu fique com saudades disto. O Paraíso..... ahhhh, claro que estou a falar da estrebaria ali ao pé do Kipper).Meu querido mês de Agosto
Por ti levo o ano inteiro a sonhar
Trago sorrisos no rosto
Meu Querido mês de Agosto
Porque sei que vou voltar(Vou voltar se o aeroporto não arder entretanto...... é que eu não sei nadar para vir a nado.....)Meu querido mês de Agosto
Por ti levo o ano inteiro a sonhar
Trago sorrisos no rosto
Meu Querido mês de Agosto
E trago Deus pra me ajudar(Outra vez a mesma conversa... pronto, eu torno isto mais católico. A partir de hoje só quem tem o crisma é que pode aceder ao blogue.... ouviste... vá manda lá a página a baixo. Sim... estou a falar contigo... erege... Bezebeu... criatura do Demo!!!!)Já passaram tantos dias
E vivo assim sem alegria
E eu ando louco por regressar
De pôr os pés ao caminho
Provar o gosto do vinho
E eu ando louco por regressar
Já passaram tantas horas
De voltar eu bem preciso
Deitar as saudades foras
De cantar já vamos embora
De regresso ao paraíso(E zumba... mas este gajo está sempre a dizer a mesma coisa???? Irra, aceito o vinho... o resto podes enfiar no.... epá.... já me esquecia que isto vai passar a ser mais atinadinho....)Meu querido mês de Agosto
Por ti levo o ano inteiro a sonhar
Trago sorrisos no rosto
Meu Querido mês de Agosto
Porque sei que vou voltar(Bem, já me estou a chatear com a conversa... vou voltar sim senhora, mas só em Setembro...... mas se me continuam a chatear com esta conversa ainda acabo com isto de vez....)Meu querido mês de Agosto
Por ti levo o ano inteiro a sonhar
Trago sorrisos no rosto
Meu Querido mês de Agosto
E trago Deus pra me ajudar(Pronto... desisto.... já que Deus me quer ajudar, eu vou de férias e ele fica aqui, por isso meus queridos, se durante o mês que entra hoje em vigor for aqui postado alguma coisa, não é de minha autoria, é de Deus. Não lhe levem a mal..... acho que o gajo não tem grande sentido de humor!!!!!)Boas férias e até Setembro!
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