Quinta-feira, 20 de Outubro de 2011
Assim se escreve crise em português segundo o novo acordo ortográfico:
Continua brevemente.
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Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2011
Sendo o Cumobile de marca Renault, tendo sido adquirido na Litocar de Coimbra foi com regozijo que recebi a noticia do dia Litocar!
Só para vos situar, a Litocar é o maior concessionário Renault da zona centro, com espaços comerciais em Coimbra (dois), Figueira da Foz, Viseu, Cantanhede, Guarda, Covilhã e Castelo Branco! A Litocar decidiu criar o "Dia Litocar", que decorre este sábado dia 22 e no qual oferece aos seus clientes os seus serviços de oficinas com mão de obra gratuita, ou seja, caso seja necessário, só se paga o material!
Fiquei não só radiante (até os pintelhos do cu bateram palmas) como também admirado, por em tempo de crise uma empresa nacional fazer esta oferta! Bravo! Bravo! Um exemplo para os restantes industriais nacionais!
Um mau exemplo, é claro, já que a Litocar faz esta oferta por nesse mesmo dia obriga os seus escravos colaboradores a irem trabalhar sem serem renumerados!
É a trampa de país que temos!
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Adenda: Tal como Cavaco, nunca me engano e raramente tenho dúvidas, mas afinal o dia da Litocar é dia 12 de Fevereiro.
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Quarta-feira, 3 de Março de 2010
Uma característica do português é julgar-se mais esperto que o seu semelhante! Atenção que eu disse esperto, não inteligente...... é aquela coisa da esperteza saloia!
Outra característica que nos define bem é a tendência que temos em enganar. A malta não faz por mal, aquilo é uma coisa genética. Está-nos no sangue.
Já vem desde os tempos dos descobrimentos. Ai enganávamos os indígenas dando-lhes vidros coloridos e sacando-lhes o ouro.
Hoje somos mais refinados. Enganamos o patrão, dizendo que não vamos trabalhar porque estamos doentes. Enganamos as finanças sempre que podemos. Enganamos a cara-metade dizendo-lhe que ela é a melhor coisa que existe à face da terra!
Baseado nesta premissa, hoje vou propor-vos um desafio!
Imaginem a empresa A. A empresa A comercializa uma ferramentas informáticas, ou seja, vende determinado software profissional. A subsistência da empresa A não se deve só à venda dos softwares, mas sim, acima de tudo a contratos de manutenção e a dar formações de updates. Até aqui, nada de novo. Todas as empresas dessa área são assim.
Depois temos a empresa B que conseguiu obter fundos comunitários para ministrar acções de formação a pessoas com pouca formação, assim uma espécie de Novas Oportunidades, mas que não consegue garantir inscrições para os cursos e além disso tem falta de formadores.
Por fim temos a empresa C. Tem vários trabalhadores, todos com formação académica, cuja ferramenta de trabalho é o software que a empresa A vende. A empresa C, tendo em conta o panorama económico mundial não está interessada em avançar com o investimento em actualizações de licenças e respectivas formações dos seus técnicos
Agora o desafio é, tendo em conta que somos portugueses, como é que se resolve esta situação? Vá, pensem lá um bocadinho que vocês conseguem lá chegar!!!!
Isso..... estava-se mesmo a ver!!!
A empresa A, que precisa de “vender” as licenças e respectivas formações diz à empresa C que se comprar as ditas licenças lhe oferece as formações. A empresa C, vendo a poupança, aceita. A empresa A contacta a empresa B, diz que tem inscrições para uma acção de formação, tem os técnicos para dar a formação e em conjunto avançam para a acção, conseguindo os fundos comunitários.
Os técnicos da empresa C vão para a formação. Assinam um contracto em como não têm mais do que o 12º ano, em como a formação tem 4 dias quando efectivamente teve três e a coisa bem espremida um dia chegava, e obtém assim a nova sabedoria.
Conclusão: A empresa A ganhou porque assim conseguiu vender as licenças por mais um ano. A empresa B ganhou que deu um curso e obteve os apoios comunitários para isso. A empresa C ganhou porque deu formação aos técnicos à pala. Os técnicos ganharam porque por 3 dias não aturaram o patronato!
Bem visto, não é? Claro, que daqui a uns anos vamos admirar-nos como é que aqueles gajos lá do leste, que ganhavam metade do que a malta ganha e tinham uma qualidade de vida misérrima, agora já nos passaram a palhinha.... olhem, como por exemplo se passou com a Irlanda!
A resposta é simples..... é que nós somos espertos, mas os gajos são inteligentes....
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Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2010
"Almeida Santos afirma que as suspeitas sobre Sócrates vão traduzir-se em nada"
Quem diria, até parece que estamos em Portugal!
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Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009
Tenho de fazer aqui algumas correcções em relação a este post que escrevi há dias, com o título Portugal, em que mencionei a Escola Infante D. Pedro de Buarcos, Figueira da Foz.
Primeiro tenho que reconhecer que errei. Errei porque disse que a sala de professores era no R/C e afinal é no primeiro andar. A culpa nem foi minha, mas sim da pessoa que infiltrei na escola a fim de me dar algumas informações, mas tenho que perceber que para a Bundinha a localização da sala de professores não tenha grande interesse. Afinal já se sabe que ela é mais bolos!
Passemos ao ponto seguinte. Aparentemente ficou no ar a ideia de que eu estava a criticar os funcionários da escola, desde auxiliares a professores. Não era essa a minha intenção. Nada tenho contra eles. Dos que conheço são extremamente simpáticos e prestáveis. Os professores.... bem, são professores. Tenho sobre esta classe profissional a ideia que têm todos os portugueses que não são professores, mas admito que eu não sei se tinha paciência para passar o dia a aturar os filhos dos outros e ai tiro-lhes o meu chapéu!
Quanto à escola. Não era uma crítica específica a esta escola. Serviu de exemplo para o que penso ser o panorama nacional. Deixo no entanto aqui uma sugestão à direcção da escola. Que se prepare uma sala no nível térreo e que em casos destes a turma passe a ter aulas nessa sala até a situação voltar à normalidade.
No fundo o post serviu para criticar as opções governamentais de um país que quer projectos megalómanos quando tem infra-estruturas de ensino e saúde em péssimas condições. Espero que fique então esclarecido que em relação à Escola Infante D. Pedro de Buarcos só me posso queixar das opções da estrutura física, ou seja, das escolhas do projectista do espaço, que se não me engano foi aquele senhor..... como é que ele se chama.... estou mesmo com o nome aqui debaixo da lingua........ ahhhh, já sei. José Sócrates!
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Terça-feira, 10 de Novembro de 2009
A Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Infante D. Pedro de Buarcos, Figueira da Foz, foi construída em 1995. É uma escola relativamente recente. É uma escola como a maioria das escolas portuguesas É constituída por um pavilhão gimnodesportivo, por um refeitório e por três blocos de edifícios compostos por um nível térreo e um primeiro andar.
Vou falar desta escola portuguesa como poderia falar de outra qualquer. O facto de a Bundinha ser aluna nesta escola é pura e simplesmente coincidência.
Arquitectonicamente a escola está bem concebida. Sei do que estou a falar pelo facto de eu próprio, numa determinada altura da minha vida, ter posto na cabeça que iria ser arquitecto. Felizmente, passou-me.
Nos níveis térreos da escola Infante Dom Pedro estão espalhadas a papelaria, a cantina, a secretaria, o bar, a reprografia, a sala dos professores e instalações afins para todo o pessoal de terceira idade que lá trabalha. Tem lógica. Há que poupar os mais velhos a subir escadas. Os putos que subam que ainda têm sangue na guelra.
Claro está que em 1995 ainda não tinham inventado a cadeira de rodas como tal nesta escola não existem rampas de acesso ao nível superior. Aliás, devido a mais do que um lance de escadas não sei mesmo se conseguiriam aceder ao nível térreo.
Até aqui eu percebo. Além do mais neste momento a escola não tem nenhum aluno que se faça mover neste meio de transporte. Se algum dia houver ele que se desenrasque. Como se sabe estamos em crise, o estado não tem dinheiro e se me perguntarem se prefiro um novo aeroporto em Lisboa ou que todas as escolas do território nacional passem a ter bons acessos a crianças incapacitadas é mais que lógico que escolho o aeroporto. Afinal de contas ainda conto ir uma ou duas vezes ao estrangeiro até ao fim da minha vida.
Mas como eu estava a dizer, nesta escola não há crianças acompanhadas por cadeira de rodas mas há uma que anda neste momento de muletas. Por acaso até é minha filha. Deixo-a na escola sempre de consciência tranquila pois sei que pode deslocar-se perfeitamente para o primeiro piso, onde são as aulas, de elevador.
Porra, já me esquecia que em 1995 ainda não tinha sido inventado o elevador. Agora se me perguntarem se prefiro um TGV ou que todas as escolas sejam equipadas de um elevador é claro que prefiro o TGV. Nunca se sabe se não me pode apetecer ir de repente a Madrid ao Corte Inglês! Quê? Já há Corte Inglês em Portugal? Não há nada!!!!!!! Daqui a bocado também me estão a dizer que há o IKEA!!!
Sou um gajo optimista e assim até consegui arranjar algo positivo nisto tudo. Imaginem a musculatura com que a catraia não vai ficar a subir e descer tanto lance de escadas equilibrada nas canadianas!!!!
Por falar em escadas. Já só me falta dizer que as escadas da Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Infante D. Pedro de Buarcos são muito bonitas, naquela pedra creme polida. Têm um pequeno senão. Agora com a chuva ficam escorregadias.
Graças a todas estas variáveis a minha criaturazinha, na sexta-feira passada espalhou-se ao comprido por 3 vezes devido ao deslize das muletas na dita pedra. A última delas às 16.30 enquanto ia a caminho da sala de convívio esperar que a mãe a fosse buscar, como é costume. Já não estava na companhia de nenhum colega e como os funcionários da escola também são funcionários públicos, ou já tinha saído ou estavam a preparar-se para esse fim. Conclusão: a miúda ligou-me a dizer que estava escarchada no chão e que não via ninguém para a ajudar.
É nestas alturas que me orgulho de ser português. Ó para mim a cantar o hino: Heróis do mar.....
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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009
Agora que acabou a campanha politica, a grande notícia do dia é o facto de a brasileira Maitê Proença ter gozado com o povo português.
Somos uns gajos do caraças. A malta pode gozar a dizer que os brasucas são todos favelados. Podemos também chamar todas as brasileiras que residem em Portugal de put..... acompanhantes de programa, mas quando nos toca a nós sermos motivo de chacota, alto lá!!!!!
Eu ainda não vi o vídeo, nem pretendo ver pois não gosto de novelas, mas vi o que deu no telejornal.
Que horror, gozou com um português que colocou o numero 3 na porta virado ao contrário! Desculpem lá...... mas aquelas fotos que circulam na net com o titulo "Portugal no seu melhor" não são também isso? Ahhhh.... mas essas foram tiradas por Portugueses. E aquele programa televisivo chamado "Nós por cá". Não é a mesma coisa? Ou será que só seria ofensivo se a apresentadora fosse brasileira?
Mas temos mais. A querida Maitê gozou com o facto de termos escolhido num concurso sobre a maior personalidade Portuguesa um.... ditador!!!! E desculpem lá. Não é facto para gozar????
Mas o que chocou mesmo os portugueses foi ela a cuspir na fonte do Mosteiro dos Jerónimos. Aqui concordo plenamente, afinal de contas somos um povo cuspidor. Diria mesmo que somos o povo mais cuspidor do planeta.
Um gajo anda na rua e só ouve "Rrrrrrrrrhhhhh.... puuuuuuuuhhhhh....." de um lado, "Rrrrrhhhhh.... puuuuuuhhhhh" do outro.
Qualquer português aprende desde jovem que uma boa escarradela começa pelo pleno trabalhar dos pulmões no puxanço da langonha, seguido de uma espécie de tiro de canhão lançando a dita num voo horizontal e planante. O recorde nacional acho que vai em 20 metros.
Também temos os adeptos do pequeno e constante lançamento do muco entre dentes numa espécie de marcação de território.
Por isso é claro que temos que ficar ofendidos com a Maitê Proença, afinal de contas ela já veio tanta vez a Portugal e o melhor que consegue fazer é deixar a langonha pendurada na boca a cair lentamente, em câmara-lenta? Mas que merda é aquela???
Ainda assim eu desculpo-a. Não é por causa disto que eu vou esquecer as alegrias que ela me deu nos anos 80.
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Sexta-feira, 9 de Novembro de 2007
Apercebi-me esta semana o quanto ancião eu já sou, quando me lembrei que já era grandinho quando vi a primeira emissão a cores da RTP.
Como sempre, o meu pai investia na vanguarda da tecnologia e já tínhamos televisão a cores quando as emissões ainda eram a preto e branco. Tal como nos dias de hoje somos avisados que o próximo programa vai ser transmitido em 16:9, na altura éramos avisados que o próximo programa iria ser transmitido a cores.
Sempre fui fascinado pela caixa que mudou o mundo. Lembro-me de passar domingos e domingos sozinho em casa sentado em frente ao televisor a ver o Passeio dos Alegres, enquanto os meus pais iam de Renaul 5 para a frente do Grande Hotel comer pevides e tremoços enquanto ouviam o relato da bola.
Lembro-me como se fosse ontem da alegria que as minhas hormonas e a minha mão direita tiveram quando a RTP transmitiu filmes como o "Pato com Laranja", ou “Barbarela” a sábados à noite, dia a que os velhos iam abanar o capacete para a então na moda Discoteca Steps.
Não garanto que não tenha sido só por esses filmes, mas o que é certo é que acabei por me tornar um cinéfilo compulsivo, de tal modo que o meu primeiro sustento financeiro, foi trabalhar ao balcão de um extinto vídeo-clube aqui da terrinha.
Nessa altura devia ver uma média de 6 filmes por dia. Claro que com o tempo essa média foi descendo ao ponto de hoje raramente ver um filme. Não porque não goste, mas porque os meus filhos dificilmente me permitem mais do que quarenta minutos concentrado em frente do pequeno ecrã, a não ser, é claro, que seja a ver o Shrek ou algo do género.
Assim sendo enveredei por ser consumidor compulsivo de séries. Lost, Dr House, Anatomia de Grey, Weeds, My Name Is Earl, Shark, Entourage, Seinfeld, CSI, Boston Legal, 24 Horas, Nip Tuck, Sopranos. Venha qual vier, papo tudo.
Até à relativamente pouco tempo, estava na grande dúvida de qual seria a minha série preferida. Se todos nós temos um livro e um filme preferido, porque não havemos de ter uma série preferida.
Se nos livros a minha Pole Position pertence ao "Perfume", já nos filmes o "Lost in Translation" da Sofia Coppola ainda não conseguiu ser destronado. Então e séries????
Hummmmm.... garantidamente.... Lost..... ahhhhh.... não... não..... adoro o humor do House.... ahhhhh.... mas o mistério do Lost prende-me completamente ao ecrã...... e os romances cruzados da Anatomia de Grey..... porra.... não me consigo decidir....
Detesto estar indeciso e já há algum tempo que andava assim. Felizmente a Delta Cafés resolveu-me o problema!!!!! O meu muito obrigado senhor Nabeiro!!!!!
Lembrei-me agora que a minha série preferida já vem de longa data, a minha memória é que já não é o que era. A minha série preferida é o "Homem da Atlântida". Durante anos sonhei que eu próprio seria o homem da Atlântida. Todos os dias ficava desiludido por ainda não ter membranas entre os dedos das mãos.
Sonhava que poderia aplicar o meu movimento coital para alguma coisa.... e que há falta de melhor que fosse para nadar.
No fundo eu achava que o Homem da Atlântida era um Super-Herói e que ao contrário dos outros que são figuras de ficção, este existia mesmo. No fundo..... essa ideia nunca se desfez. Nos mais recondidos mistérios do planeta Terra existia algures o homem da Atlântida.
Pois agora tenho a certeza que existe. E pelos vistos não sou só eu..... a família Nabeiro, proprietária dos Cafés Delta são pessoas muito mais idóneas do que eu também partilham desta certeza.
Agora já só me falta saber qual é a marca de telemóveis que funciona debaixo de água......
Bom fim-de-semana.
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